19 jul Cefaleia cervicogênica
Principais técnicas fisioterapêuticas para reduzir frequência da cefaleia cervicogênica
Uma das queixas mais frequentes nos consultórios médicos, a dor de cabeça é mais comum do que se imagina. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 90% das pessoas sofrem ou já sofreram com dor de cabeça.
Há diferentes tipos de dor de cabeça. Segundo a International Headache Society (IHS), existem entre 144 e 150 tipos de cefaleias, mas há três grandes categorias mais frequentes que as outras. São elas:
Enxaqueca
Pulsátil e capaz de impedir a execução de atividades cotidianas, a enxaqueca pode se apresentar com intensidade moderada ou forte. Entre os sintomas mais comuns estão náusea, sensibilidade à luz e ao som, dores latejantes na cabeça, especialmente verificadas na nuca, nas têmporas ou sobre os olhos, visão turva e/ou tonturas.
Os ‘gatilhos’ das crises de enxaqueca podem estar ligados a estresse, ambientes barulhentos ou odores fortes, mudanças no padrão de sono, alterações climáticas e de pressão atmosférica, jejum mais duradouro ou determinados alimentos.
Cefaleia tensional
A sensação é incômoda. No caso da cefaleia tensional, a dor se assemelha a uma faixa muito apertada em torno da cabeça. Como o próprio nome diz é decorrente de tensões, emocionais ou não, registradas no decorrer do dia. Pode variar de intensidade, sendo mais frequente na frente ou nos lados da cabeça.
Geralmente, a dor é persistente e entre os principais sintomas estão o cansaço em excesso, irritabilidade, insônia, a sensibilidade à luz e a ruídos, e a diminuição da concentração.
Cefaleia em salvas
É a mais intensa entre as três dores de cabeça aqui citadas. É mais comum entre os homens e se caracteriza por um intenso incômodo ao redor dos olhos e nas têmporas.
A cefaleia em salvas também provoca diminuição do tamanho da pupila, lacrimejamento, congestão nasal e ocular. Geralmente, analgésicos tradicionais não surtem efeito sobre as dores e o paciente deve recorrer a medicamentos específicos, prescritos por um neurologista.
Cefaleia cervicogênica: definição
A cefaleia cervicogênica é a dor de cabeça que surge por alguma alteração cervical. Essa alteração pode ocorrer por várias causas. Entre elas, destacam-se as doenças cervicais, como: hérnia de disco, osteoartrose cervical, pinçamento de raízes cervicais ou estenose de canal cervical.Outros fatores são questões posturais, como: contraturas, torcicolos e problemas emocionais decorrentes de estresse, tensão e ansiedade, que podem predispor a crises de dor na região do pescoço, ombros, músculos, trapézio e músculos pericranianos (próximos ao crânio).
Mas como tratar a dor de cabeça cervicogênica do ponto de vista da fisioterapia?
A cefaleia cervicogênica é responsável por 15% a 20% de todas as dores de cabeça e várias técnicas fisioterapêuticas podem solucionar o problema.
- Exercícios de resistência e fortalecimento muscular
São movimentos específicos para as musculaturas mais profundas e devem ser prescritos pelo fisioterapeuta.
- Exercícios posturais que envolvem a coluna cervical
O paciente também deve evitar hábitos posturais inadequados em situações diárias, como na hora de dormir ou em frente ao computador.
- Acupuntura
O uso de agulha atua estimulando o sistema nervoso central, com liberação de endorfina, levando à redução da dor e número de crises.
- Alongamentos
Exercícios de alongamento servem para normalizar o tecido mole ou reduzir a disfunção mecânica que provoca as dores.
- Digitopressão (terapia manual)
A pressão dos dedos nos pontos de tensão e dor provoca o relaxamento da musculatura cervical e do pescoço.
- Eletrotermofototerapia
Recursos como terapia de calor e frio, laser, ultrassom, entre outros, provocam alívio da dor, relaxamento muscular e aumento da circulação sanguínea.
É importante destacar que as técnicas citadas acima devem ser indicadas após a anamnese feita por um fisioterapeuta, que pode recomendar procedimentos combinados ou não para o tratamento da cefaleia cervicogênica.
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