
26 jul Terapia miofascial e principais indicações
Relaxar e distensionar a fáscia muscular. Estes são alguns dos principais objetivos da liberação miofascial – técnica utilizada pela fisioterapia para tratar contraturas musculares, retrações, tensionamento, dores musculares crônicas, entre outras patologias.
Mas o que significa fáscia muscular?
A fáscia é uma espécie de membrana formada por tecido conjuntivo, que reveste cada fibra, cada músculo e toda a superfície do corpo. Ela pode ser encontrada em diversas extensões, densidades e espessuras, sendo responsável por fornecer sustentação aos tecidos, além de proteger, coordenar e impedir que haja atrito entre os músculos.
Sempre interligadas umas às outras, o conjunto de fáscias forma os tendões, capazes de fornecer suporte e tração adequados entre o osso e a musculatura, com grande influência no desempenho das funções das estruturas musculares.
De que forma a fáscia é afetada?
A fáscia pode sofrer alterações em atividades de rotina, por meio de posturas inadequadas durante longos períodos de tempo, tensões do dia a dia, sedentarismo, excesso nos treinos, intercorrências musculares, estresse, ansiedade, síndrome da dor miofascial e dores crônicas globais.
E no que consiste a técnica de liberação miofascial?
Consiste em uma avaliação precisa do local da disfunção, feita por um fisioterapeuta, e localização dos pontos-gatilho musculares (trigger points). Os pontos-gatilho são tratados por meio de dígitopressão, aplicação específica de termoterapia, alongamentos, PRT (Positional Release Therapy), mobilizações, seguido por alívio do sintoma.
O fisioterapeuta manipula os tecidos musculares utilizando diferentes direções de deslizamento, apoio e pressões, de acordo com o relato dos pacientes.
Lesões musculares e disfunções da fáscia mais comuns
Entre as lesões musculares ou disfunções da fáscia mais comuns estão as dores, entre as quais destacam-se as lombalgias, ciatalgias, cervicalgias e dorsalgias; as disfunções de origem tendinosa, como a síndrome do túnel do carpo, a síndrome de Dequervain e tendinites em geral; fascite plantar; dores no ombro; síndromes cervicais pós-trauma, entre outros.
A terapia miofascial também é bastante eficaz em tratamentos de recuperação pós-cirúrgica e em cicatrizes pós-traumáticas e pós-cirúrgicas.
E quais são os efeitos da terapia miofascial?
O mais importante efeito da terapia miofascial é o alívio das dores, sejam elas crônicas, tensionais, pós-treino, patológicas etc. Além disso, o paciente tem maior mobilidade articular, mais liberdade na execução dos movimentos, relaxamento muscular, melhora na capacidade de contração muscular, mais elasticidade, flexibilidade e agilidade, prevenção contra lesões e doenças musculares crônicas etc.
No caso de atletas de alto desempenho, é possível perceber melhora de rendimento, maior facilidade na nutrição muscular, melhora da propriocepção e consciência corporal.
No pré-treino é mais usada para diminuir a fadiga muscular, melhorar a flexibilidade e execução dos exercícios. No pós-treino, para redução da dor muscular e relaxamento.
Portanto,é possível observar a importância da terapia miofascial enquanto recurso de alívio em quadros de dores por meio de mobilizações manuais da fáscia, sem comprometimento da resistência muscular.
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