01 ago Síndrome Dolorosa Miofascial na região cervical
A síndrome dolorosa miofascial (SDM) é uma das causas mais frequentes de dor musculoesquelética. Afeta músculos, fáscias e o tecido conectivo, com destaque para a região cervical, cintura escapular e lombar. A dor gerada pela SDM pode ser motivo de incapacitação ou limitação das atividades diárias.
Diagnóstico
O diagnóstico da SDM é feito a partir de uma anamnese criteriosa, capaz de identificar os fatores desencadeadores e que perpetuam a situação dolorosa. Um exame físico detalhado, com palpação e busca por pontos-gatilho, também pode detectar a síndrome ou ainda por exclusão de outras patologias.
Entre os sintomas estão: dor difusa em um músculo ou grupo de músculos durante mais de três meses, pontos dolorosos à palpação, dor ao rolamento da pele da região escapular, alteração de sono, fadiga e rigidez matinais, queimação ou latejamento.
E a região cervical?
No caso da SDM na região cervical, as dores se localizam nas regiões do pescoço, em volta da escápula , craniana e nos membros superiores, com irradiação. Geralmente, são dores crônicas nos pontos-gatilho, resistentes a tratamentos analgésicos convencionais.
Os pontos-gatilhos podem ser latentes e ativos. Os ativos são pontos dolorosos percebidos pelo paciente e causadores da sintomatologia dolorosa. Os latentes não são reconhecidos pelo paciente, a não ser quando estimulados, e causam desconforto e fraqueza do músculo comprometido.
Tratamentos
O foco do tratamento, que deve ser prescrito por fisioterapeuta especializado, tem como objetivo desarmar os pontos-gatilho e introduzir técnicas corretivas para impedir a cronificação do quadro doloroso.
Métodos como alongamentos, cinesioterapia com relaxamento muscular, orientações posturais e digito-pressão podem levar à inativação dos pontos-gatilho. A utilização de calor profundo, como ultra-som, em baixas doses, também tem gerado resultados positivos.
A prescrição adequada de atividades físicas depende, principalmente, da intensidade do quadro doloroso do paciente. A melhor alternativa, após crises de dor, deve levar em consideração as limitações físicas e o gosto pessoal do praticante.
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