Osteopatia: por que ela se tornou uma especialidade da fisioterapia? | Blog Phisio Trainer
A osteopatia é um conjunto de técnicas manuais que ajudam na eliminação de dores musculoesqueléticas, além de resolver determinados distúrbios de órgãos, vísceras e do crânio. Neste artigo, falaremos sobre como surgiu a osteopatia e como ela foi reconhecida pelos conselhos federal e regionais de fisioterapia e terapia ocupacional, além de destacar sua eficácia como procedimento fisioterapêutico no alívio das dores.
osteopatia, fisioterapia, fisioterapia ortopédica, terapia ocupacional
690
post-template-default,single,single-post,postid-690,single-format-standard,qode-quick-links-1.0,ajax_fade,page_not_loaded,,qode-title-hidden,qode_grid_1300,hide_top_bar_on_mobile_header,qode-content-sidebar-responsive,qode-theme-ver-11.1,qode-theme-bridge,wpb-js-composer js-comp-ver-5.1.1,vc_responsive

Osteopatia: por que ela se tornou uma especialidade da fisioterapia?

O norte-americano Andrew Taylor Still é considerado o pai da osteopatia. Filho de pastor metodista e médico, ele criou, em 22 de junho de 1874, uma terapêutica manual de tratamento e diagnóstico, baseada na anatomia, contrapondo seus métodos às terapias até então amplamente utilizadas pelos médicos ortodoxos e tradicionais, com o emprego de sangrias e calomelanos.

Still se baseava no fundamento de que o corpo tem a capacidade de se auto-recuperar a partir da estimulação das articulações por meio das mãos.

A carreira como médico foi iniciada com o  pai e, durante muitos anos, ele utilizou as práticas ortodoxas. Até que a morte dos três filhos e de sua primeira esposa, após um surto de meningite, fez com que ele começasse a repensar a eficácia da medicina usual e das drogas como via terapêutica.

Além disso, como médico militar durante a Guerra da Secessão, Still foi testemunha do grande número de mortes em decorrência de ferimentos mal cuidados e o aumento do número de viciados por drogas medicamentosas entre os jovens ex-combatentes.

A partir de longos anos de dissecção, ele contemplou a possibilidade de que todas as estruturas musculares, nervosas, ósseas, articulares, conjuntivas e vasculares contivessem em si a resposta para a autorregulação do organismo.

Still funda sua primeira escola em 1892, em Kirksville, Missouri, e consegue que a osteopatia seja aceita como profissão em 1897.

Como a osteopatia foi reconhecida pelo Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (Coffito)?

Os ensinamentos da osteopatia chegaram ao Brasil pelas mãos de Bernard Quef, osteopata francês que, em 1986, administrou  os cursos que deram início à formação dos primeiros osteopatas brasileiros.

O profissional osteopata integra a Classificação Brasileira de Ocupações, que identifica as ocupações no mercado de trabalho, cria atividades, os requisitos de formação, a experiência profissional e as condições de trabalho.

Os osteopatas são registrados no Registro Brasileiro de Osteopatas. Para o exercício da ocupação, é exigida a formação osteopática segundo modelos de formação sistematizados pelo Organização Mundial de Saúde (OMS) para profissionais com diploma de graduação prévia em fisioterapia ou graduação específica em osteopatia.

Em 2001, por meio da Resolução No. 220, o Conselho Federal de Fisioterapia reconhece a Quiropraxia e a Osteopatia como especialidades do profissional fisioterapeuta. Fisioterapeutas capacitados recebem o título de especialistas em osteopatia e são classificados na CBO como fisioterapeuta osteopata.

Os profissionais fisioterapeutas osteopatas são registrados no Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (Coffito) e nos Conselhos Regionais de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (Crefito).

Em que casos a osteopatia é eficaz?

A osteopatia é eficaz em dores ciáticas, lombalgias, dorsalgias, cervicalgias, hérnias discais, escolioses, torcicolos, entorses, epicondilites, tendinites, síndromes do túnel do carpo, dores nos ombros, contraturas musculares, tensões ou distúrbios da articulação temporomandibular (ATM), além de problemas decorrentes de acidentes, quedas, fraturas ou cirurgias e até mesmo disfunções viscerais.

Também apresenta bons resultados em pacientes que relatam enxaqueca, problemas digestivos, vertigens, insônia, sinusite, estresse, constipação e problemas respiratórios.

Além da eficácia em diversas patologias, como primeira indicação, a osteopatia pode atuar como coadjuvante no tratamento de distúrbios como crises de ansiedade ou em casos de pacientes com tensões provocadas pelo estresse laboral.

Comments

comments

Sem comentários

Poste um comentário