07 jan Lesão muscular e reabilitação
Exercícios físicos feitos inadequadamente, traumas, movimentos bruscos ou repetitivos. Há várias formas de provocar uma lesão muscular.
Geralmente, a lesão causa dor, desconforto físico e, em alguns casos, comprometimento da movimentação integral da região afetada e um tempo de repouso para a recuperação do músculo.
Há vários graus de intensidade de lesão muscular, que podem demandar tratamentos individualizados e cuidados específicos.
Mais quais são os principais tipos de lesão muscular?
Contusão:
Lesão aguda traumática, a contusão pode estar relacionada ao choque da musculatura contra alguma superfície rígida. Com o impacto, o músculo fica mais ou menos ferido, dependendo da intensidade e a lesão pode chegar a ser considerada leve, moderada ou grave. Nos casos mais brandos, pode provocar dor e rigidez local. Nos mais graves, hematomas e dor intensa. Os esportes de contato são a principal causa das contusões, cujos choques entre praticantes são frequentes.
Distensão:
Lesão provocada pelo alongamento excessivo ou rápido (balístico) das fibras dos músculos, a distensão provoca a ruptura das fibras musculares. A principal causa envolve sobrecarga muscular repentina, a exemplo de “atletas de fim de semana” ou pessoas sedentárias que, subitamente, iniciam uma atividade física sem preparação prévia. A distensão provoca dor intensa, fraqueza, edema, aumento da temperatura na área lesionada, grandes hematomas e comprometimento da movimentação.
Estiramento:
Assim como a distensão, é caracterizado pelo alongamento exagerado das fibras dos músculos, só que sem causar ruptura das fibras (somente em 5% dos casos) ou rupturas. Também não costuma gerar hematomas, por isso não é considerada uma lesão grave. A principal causa dos estiramentos musculares é o exagero na carga durante os treinos.
Ruptura:
É a mais grave e mais rara de todas as lesões, porque ocorre o rompimento total das fibras musculares. Na maioria das vezes, ocorre após uma contração muito violenta de um músculo ou por mudança brusca de velocidade, o que provoca a rotura. A principal causa de rupturas musculares é o desequilíbrio muscular e a redução na amplitude de movimento (ADM).
Reabilitação
Imobilização
Tem como objetivo estimular a regeneração das fibras musculares e da falha muscular.
Aplicação de gelo
O uso precoce de crioterapia contribui para redução do edema e do processo inflamatório e reconstituição das fibras musculares rompidas.
Fisioterapia
Após a fase aguda da lesão, é importante um treinamento isométrico (desenvolvem a força estática, ou seja, sem movimentar a articulação), visando o retorno às atividades cotidianas. Por isso, é fundamental o acompanhamento de um fisioterapeuta que, inicialmente, fará um planejamento incluindo exercícios sem uso de peso e, posteriormente, com o acréscimo deles.
Em seguida, o treinamento isotônico (aquele em que a musculatura se contrai e encurta) contribui para a coordenação motora, flexibilidade e fortalecimento do músculo. Ele somente pode ser iniciado quando o treino isométrico for realizado sem dor com cargas resistidas.
Por último, o treinamento isocinético (aquele em que o músculo contrai e encurta em velocidade constante) permite que os músculos ganhem força uniformemente por toda a extensão do movimento.
O paciente lesionado poderá retornar às atividades físicas após o tratamento prévio de fortalecimento do músculo e amplitude do movimento da área afetada, além da resolução do quadro álgico.
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