20 jun Joelhos e fisioterapia: como tratar lesões?
Tudo parece bem. As atividades diárias são desempenhadas com naturalidade e o corpo reage a contento. Eis que de repente os joelhos começam a doer. As queixas aumentam ao longo do tempo. Não doem mais só quando o esforço é maior. Doem também no subir das escadas e no agachar para pegar um objeto. Enfim, a dor torna-se constante e o mais sensato é procurar ajuda.
Mas por que sentimos dores nos joelhos?
Muitas são as respostas, já que as dores nos joelhos podem ser o resultado de diversos fatores – mais ou menos agressivos – e uma combinação de sintomas, podendo variar de acordo com a localização e a intensidade da dor.
Entre os sintomas combinados estão fraqueza ou instabilidade, vermelhidão ao toque, inchaço, rigidez muscular e impossibilidade de esticar ou dobrar o joelho.
O uso excessivo, a falta de aquecimento e/ou alongamento, a obesidade, uma lesão, um ligamento ou uma cartilagem rompida, o desgaste natural, o desequilíbrio muscular, enfim, são inúmeras as possíveis causas para esses sintomas. Além disso, há condições menos frequentes, como tumores ósseos ou cistos, que podem provocar dores nos joelhos.
Futebol lidera ranking de esportes que mais lesionam os joelhos
Entre as atividades esportivas que mais exigem dos joelhos, o futebol – talvez pela popularidade do esporte no Brasil – lidera o ranking das modalidades que mais lesionam essa região do corpo.
Uma pesquisa desenvolvida pelo ortopedista Rene Abdalla, do Instituto do Joelho do HCor, de São Paulo, mensurou o impacto de algumas práticas em 600 pessoas que chegaram ao hospital se queixando de dores no joelho provocadas por atividades físicas, entre janeiro e abril de 2017.
A conclusão foi a seguinte: o futebol lesionou mais pacientes (55%), seguido pelas artes marciais (16%), basquete (12%), treino em academia (8%), tênis (5%) e outros esportes (4%).
E quais são os tratamentos fisioterapêuticos mais indicados?
São vários os procedimentos fisioterapêuticos para sanar as dores nos joelhos, entre as quais destacam-se a eletrotermofototerapia, a crioterapia, terapia manual, cinesioterapia (exercícios específicos de fortalecimento em solo e na água), entre outros.
Terapias de frio
A aplicação de gelo sobre a área lesionada dos joelhos atua diretamente nas terminações nervosas sendo um agente analgésicoe e antiinflamatório reduzindo edemas (vasoconstrição), promovendo relaxamento muscular e a quebra do ciclo dor/espasmo/dor.
Terapias de calor
Procedimentos como calor úmido e compressas são indicados para processos inflamatórios leves, por promover relaxamento muscular, redução da rigidez das articulações e melhora significativa da circulação sanguínea na área lesionada.
No caso de inflamações agudas (até 72 horas), as terapias de calor não são adequadas por acabar surtindo efeito contrário, com aumento de atividade enzimática e, consequentemente, levando a cartilagem e outros tecidos articulares ao colapso.
Eletrotermofototerapia
Ondas eletromagnéticas e sonoras, correntes estimuladoras e analgésicas são técnicas bastante eficazes no tratamento de lesões nos joelhos. Entre as possibilidades, correntes estimuladoras (estimulação elétrica funcional), correntes analgésicas (estimulação elétrica nervosa transcutânea), diatermia (transmissor de ondas curtas), ultra-som etc.
Além da analgesia, essas técnicas combatem a inflamação, reduzem os espasmos musculares, cicatrizam e reorganizam os tecidos.
Cinesioterapia
De fundamental importância para a eficácia do tratamento, a cinesioterapia corrige desequilíbrios musculares, fortalece a musculatura, corrige encurtamentos e melhora a biomecânica da articulação para que o paciente não tenha dor nas atividades do dia a dia.
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