27 mar Fisioterapia no golfe – prevenção e tratamento
Criado na Escócia medieval, o golfe é uma modalidade esportiva inspirada em um jogo romano – o Paganica – em que os participantes batiam em uma bola com um taco ou bastão. A palavra golfe é oriunda do inglês ‘golf’ que, por sua vez, é originária do alemão ‘kolb, que significa taco.
O jogo consiste em arremessar a bola com a ajuda de um taco de madeira ou de ferro em campos de grama, geralmente em parques com um ou mais percursos delimitados. O objetivo é colocar uma bola em uma série de buracos cavados no campo. O vencedor é aquele que acertar mais buracos com o menor número de tacadas.
Fisioterapia no Golfe
Aparentemente um esporte considerado tranquilo, a prática do golfe pode levar a lesões que precisam de tratamento fisioterapêutico. O atleta também tem à disposição determinados exercícios de fisioterapia que ajudam a prevenir essas lesões.
Um dos motivos que mais lesionam os atletas de golfe é a falta de condicionamento físico. A maioria dos jogadores tem o esporte como hobby, então leva uma vida sedentária, mais propensa a lesões.
Lesões mais comuns
Entre as lesões mais comuns decorrentes dessa modalidade estão as queixas lombares, do joelho, quadril, cotovelo, ombro e punho. Se não tratadas adequadamente, podem provocar longos períodos de repouso.
Região lombar
Independentemente do nível do jogador de golfe (iniciante, amador ou profissional), a coluna é a região do corpo mais afetada durante essa prática esportiva. A alta velocidade do swing (movimento giratório), combinada à limitação corporal da torção sobre um eixo fixo, contribui para a incidência de determinadas lesões como dores lombares, espasmo muscular, artrose das pequenas articulações, entre outras.
Joelho
Durante o movimento de swing, os joelhos podem sofrer sobrecarga, comprometendo a cartilagem. No caso dos jogadores destros, o joelho direito é o que mais sofre e no caso dos sinistros, o joelho esquerdo. Caso o problema não seja observado, há ainda o risco de um processo degenerativo dos meniscos.
Quadril
A rotação dos quadris é muito comum durante a prática de golfe. Por exigir maior amplitude e movimento do quadril, além de ações que exigem aceleração e desaceleração bruscas, é frequente o registro de lesões, como a síndrome do impacto femoroacetabular, ou seja, o impacto entre as estruturas que compõem o quadril (colo do fêmur e o osso acetábulo) e consequentemente o comprometimento de toda a biomecânica dessa articulação.
Cotovelo
A inflamação do epicôndilo medial – face interna – é comumente chamada de ‘cotovelo do golfista’. O contato precoce do taco com a grama provoca uma carga excessiva sobre os tendões do epicôndilo, provocando dor. Realizados repetitivamente durante um jogo de golfe, que chega a durar quatro horas, causam a inflamação.
Ombro
O estresse mecânico devido à repetição de movimentos em forma de arco, muito utilizados durante as partidas de golfe, pode desenvolver quadros dolorosos e, consequentemente uma inflamação nos tendões.
Punho
São menos frequentes as lesões no punho, mas também ocorrem, especialmente no esquerdo (no caso dos destros) pelo excesso de carga ao segurar o taco, sobretudo no lado externo (subluxação do músculo extensor).
Prevenção
Para se prevenir contra as lesões, há exercícios de fisioterapia essenciais ao jogador de golfe. Alongamentos musculares, exercícios de fortalecimento, de mobilidade e consciência corporal contribuem para o bom desempenho do golfista.
A boa notícia para os admiradores do golfe é que, como essa modalidade esportiva demanda majoritariamente atributos como perícia, concentração e fluência dos movimentos do que necessariamente força, qualquer pessoa em qualquer idade pode praticá-la. De preferência com a orientação de um profissional de fisioterapia focado na prática do golfe.
Veja o que Confederação Brasileira de Golfe publicou a respeito sobre este modelo de Fisioterapia Esportiva.
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