18 fev Entorse de tornozelo agudo. O que fazer?
A entorse de tornozelo aguda é uma lesão ligamentar decorrente de estresse, provocando rompimento parcial ou total dos ligamentos. A função principal dos ligamentos é manter as superfícies articulares encaixadas, produzindo estabilidade articular e limitando a amplitude de movimento.
Quais os primeiros passos após o entorse?
Após uma entorse de tornozelo, é indicado colocar compressas de gelo no local para reduzir a dor e o edema locais, bem como usar estabilizadores e até mesmo imobilizadores. Também é importante garantir que não exista ruptura de tendões e ligamentos ou alguma fratura. A visita a um médico e, posteriormente, a um fisioterapeuta é fundamental para eliminar dúvidas e prescrever um procedimento adequado.
Os sinais e sintomas das lesões ligamentares do tornozelo variam de acordo com a gravidade da lesão, os tecidos acometidos e a extensão de seu acometimento.
Qual é a importância da fisioterapia para a reabilitação do paciente?
É fundamental, desde a fase aguda até o retorno às tarefas cotidianas ou às atividades físicas. Em um primeiro momento, é essencial controlar os sinais inflamatórios por meio de: repouso, compressão do tornozelo com bandagens para reduzir o edema, elevação do pé lesionado, crioterapia (aplicação de gelo) de forma imediata por 20 minutos, com intervalos de duas horas.
Níveis de entorse
Grau 1
Nos casos de entorse de grau 1, com estiramento ligamentar, geralmente o paciente deve se sentir melhor após três dias, com quadro assintomático ou pouca dor residual.
Grau 2
Nos casos de entorse de grau 2, com lesão ligamentar parcial, a recuperação se dá em quatro semanas, em média. Cada paciente responderá de uma forma à reabilitação, dependendo da intensidade da entorse.
Grau 3
Nos casos de entorse de grau 3, com lesão ligamentar total, a ruptura pode ocorrer em um ou mais ligamentos do tornozelo. O médico pode optar pelo uso de gesso curto (por duas a três semanas) ou uma bota imobilizadora com posteriores sessões de fisioterapia.
Principais procedimentos fisioterapêuticos
Entre as técnicas de reabilitação estão a eletrotermofototerapia, banhos de contraste (quente e frio), exercícios que envolvem movimentos de flexão do pé e dos dedos, de estabilização ativa e coordenação motora.
Além disso, o fisioterapeuta pode prescrever exercícios de equilíbrio dinâmico e de propriocepção, e bicicleta estacionária.
Em situações mais graves, são necessários: reeducação das musculaturas flexora, inversora e eversora do tornozelo; trabalho de estabilização dinâmica e propriocepção; treino de equilíbrio e coordenação; reforço muscular geral; exercícios funcionais; atividades pliométricas, início gradativo de caminhada e, posteriormente, corrida.
No retorno às atividades esportivas, podem ser utilizadas bandagens funcionais (botinhas de esparadrapos, coban e bandagem elástica). O objetivo desses recursos é fornecer apoio, proteção e estabilidade articular ao tornozelo, sem limitar sua função.
O paciente será liberado pelo fisioterapeuta se estiver correndo em linha retas sem sentir dor ou mancar, se estiver realizando movimentos com mudança brusca de direção e ainda se realizar saltos com ambas as pernas sem sentir dor
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