10 abr Cinesioterapia: a terapia do movimento
Etimologicamente, Cinesioterapia é a união das palavras gregas – “kínesis”, que significa movimento – e “therapeia”, que significa terapia.
Parte da fisioterapia que trata da terapia com movimentos e exercícios, a Cinesioterapia visa o tratamento dos sistemas neuromusculoesquelético e a restauração dos sistemas circulatório e motor, com foco na recuperação de traumas e disfunções.
Muitas vezes, a Cinesioterapia se sobrepõe a outras técnicas, como a Eletrotermofototerapia, considerada um meio terapêutico bastante eficaz no tratamento das dores, inflamações, cicatrizações teciduais etc.
Para atingir esse objetivo, a Cinesioterapia busca pontos com alguma alteração ou anomalia, atuando por meio de movimentos passivos, ativos e ativos assistidos. Entre os benefícios estão: a redução das dores musculares, a melhoria da amplitude de movimentos e a reeducação postural.
E no que consiste o tratamento?
Anteriormente, o fisioterapeuta faz uma avaliação do paciente, procedimento que prevê o resgate do histórico e da condição atual do problema.
Em seguida, o profissional elabora um planejamento terapêutico, momento em que são prescritos exercícios – ativos, passivos e ativos assistidos – que atuam sobre a resistência, flexibilidade, coordenação e força muscular, e sobre a mobilidade articular. Em média, as sessões duram em torno de 1 hora.
São várias as maneiras para mobilizar os segmentos do corpo. Os exercícios são divididos em dois:
Exercícios ativos
São realizados voluntariamente pelo paciente. Nesse caso, a musculatura afetada precisa estar apta, em condições para realizar os movimentos.
O objetivo dos exercícios ativos é manter ou aumentar a amplitude do movimento, estimular o fortalecimento ósseo, a flexibilidade muscular, desenvolver a coordenação motora, aumentar a força e melhorar o funcionamento dos sistemas cardiovascular e circulatório.
Exercícios passivos
O fisioterapeuta realiza as movimentações no corpo do paciente, ou seja, o paciente não ajuda ativamente. Geralmente, é utilizado em pacientes impossibilitados de se movimentar, seja por terem sido submetidos a cirurgias ou por apresentarem inflamações ou hipotrofias musculares agudas.
O objetivo dos exercícios passivos é, prioritariamente, a prevenção contra contraturas musculares, aderências capsulares, manter a integridade das articulações, a elasticidade muscular e dos tecidos moles, além de fortalecer a cartilagem.
Exercícios ativos assistidos
É a junção do ativo com o auxílio do fisioterapeuta. O objetivo é reeducar o movimento, melhorar a função e ganho de amplitude de movimento.
Atenção aos cuidados!
Os equipamentos comumente utilizados para a execução dos exercícios são: halteres, bastões, bolas, caneleiras e therabands (faixas elásticas). Mas antes é importante tomar alguns cuidados:
– Exercícios de Cinesioterapia devem ser prescritos somente pelo fisioterapeuta.
– Parece bobagem, mas o número de séries e de repetições é de extrema importância e deve ser determinado a partir da união entre objetivo, capacidade e evolução do tratamento.
– A execução dos exercícios deve ser sempre acompanhada por um fisioterapeuta para evitar movimentos compensatórios, que acabam exigindo mais de outros grupos articulares e musculares, induzindo a novas lesões.
A Cinesioterapia é talvez o mais completo entre os processos de reabilitação fisioterapêutica e prevenção contra lesões. Para iniciar o tratamento, o ideal é consultar um fisioterapeuta, que fará anamnese (avaliação clínica), exame físico, análise de exames anteriores e diagnósticos médicos. A partir daí, é elaborado um tratamento individualizado.
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